Fukushima vai gerar 560.000 metros cúbicos de resíduos radioativos até 2027

Publicado em 8 de abril de 2014 no Diário Digital.

Fukushima vai gerar 560.000 metros cúbicos de resíduos radioativos até 2027

A central de Fukushima irá gerar até 2027 mais de 560.000 metros cúbicos de resíduos radioativos, mais do dobro do que acumulou desde que foi destruída pelo sismo que assolou o nordeste do Japão em março de 2011.

O valor foi avançado na segunda-feira pela empresa responsável pela gestão do complexo nuclear, a Tokyo Electric Power (Tepco), durante uma reunião com representantes do governo nipónico para avaliar o desenvolvimento dos trabalhos de desmantelamento da central e os problemas de contaminação de águas, divulgou hoje o diário japonês Asahi.

Apesar de a estratégia passar pela reutilização ou pela reciclagem dos materiais menos contaminados, a Tepco estima que terá de armazenar cerca de 160.000 metros cúbicos de resíduos radioativos, operação que irá precisar de um espaço equivalente a 200 piscinas olímpicas.

Apesar de a estratégia passar pela reutilização ou pela reciclagem dos materiais menos contaminados, a Tepco estima que terá de armazenar cerca de 160.000 metros cúbicos de resíduos radioativos, operação que irá precisar de um espaço equivalente a 200 piscinas olímpicas.

Segundo a empresa, e em comparação com os atuais 250.000 metros cúbicos registados, a quantidade de matérias contaminadas irá duplicar durante os próximos 13 anos, porque muitos dos resíduos gerados após explosões nos prédios e nos reatores do complexo nuclear permanecem intactos.

A Tepco está a coordenar a complexa operação de desmantelamento da central nuclear de Fukushima Daiichi, processo que poderá prolongar-se durante quatro décadas.

A central, localizada a cerca de 220 quilómetros a nordeste de Tóquio, foi destruída pelo sismo e pelo tsunami que assolaram o nordeste do Japão a 11 de março de 2011.

O desastre nuclear em Fukushima Daiichi foi considerado o pior desde o acidente da central ucraniana de Chernobil, em 1986, tendo contaminado com a radioatividade libertada o ar, solo e águas da região.

Mais de 50 mil pessoas que viviam nos arredores da central nuclear foram obrigadas a deixar a zona devido às emissões libertadas, que também afetaram gravemente os sectores da agricultura, da pecuária e da pesca.

Diário Digital / Lusa

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