Declaração contra o acordo nuclear entre Brasil e Japão

A Declaração abaixo, contra um eventual acordo nuclear Brasil-Japão, será entregue no dia 13 de setembro de 2013, concomitantemente no Brasil e no Japão, aos governos desses países e às suas embaixadas e consulados. O dia 13 de setembro é a data do 27º. aniversário do mais grave acidente radiológico ocorrido no mundo, com um aparelho de radioterapia abandonado em Goiânia, Brasil.

Essa Declaração foi subscrita por organizações da sociedade civil brasileira e japonesa, e recebeu muitos apoios em vários outros países do mundo. A lista completa será divulgada nos próximos dias.

Quem quiser participar da entrega de cópia da Declaração à Embaixada ou a um Consulado do Japão, no Brasil, no dia 13 de setembro, escreva por favor a xonuclear@uol.com.br, para receber mais informações.

Camisetas com XôNuclear podem ser retiradas, em S.Paulo, na Rua General Jardim, 660 (Ação Educativa), com Filomena. Podemos enviar a outros lugares do Brasil (contribuição solicitada: 10 reais por camiseta).

    Somos contrários ao acordo de tecnologia nuclear entre o Japão e o Brasil

Os jornais noticiaram que o governo japonês vai assinar um acordo com o governo brasileiro para preparar o caminho para a exportação de usinas nucleares japonesas para o Brasil.

Passados mais de dois anos do acidente nuclear de Fukushima, sua verdadeira causa permanece desconhecida, o que nos obriga a uma profunda revisão da tecnologia nuclear japonesa. Não é por outra razão que a opinião pública no Japão tem se mostrado contrária não somente à construção de novos reatores, mas também à reativação dos existentes.

As usinas de Fukushima ainda estão liberando radioatividade no meio ambiente e o governo japonês não consegue controlar essas contaminações.  Assim, o Japão está causando sérios danos para o mundo.

Como o governo pode apoiar a construção de usinas nucleares fora do Japão em tal situação? Isto só pode ser entendido como uma maneira de dar uma saída para a indústria nuclear japonesa, impedida de construir novas usinas no seu país.

No Brasil, cresce o temor de acidentes em suas usinas nucleares de Angra dos Reis, localizadas entre as duas maiores cidades brasileiras, Rio de Janeiro e São Paulo. Ao mesmo tempo, cresce a pressão para que se passe a usar fontes de energia menos perigosas, para atender as necessidades do país em eletricidade.

Existem outras formas do Japão contribuir para a solução dos problemas de energia do Brasil e do mundo – por exemplo, pela cooperação em torno de energias renováveis.

As organizações da sociedade civil japonesa e brasileira, abaixo assinadas, são contrárias ao acordo anunciado, entre o Brasil e o Japão, em torno da tecnologia nuclear.

13 de setembro de 2013

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