Fukushima: sistema de descontaminação é falho e aumenta volume de água radioativa

Publicado em 27 de março de 2014 na Carta Maior.

Com problemas desde o início, a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco) afirma que esse sistema é essencial para os planos de limpeza.

Sarah Lazare, do Common Dreams Greg Webb/IAEA

Na planta nuclear destruída de Fukushima, um defeito fez com que novamente o sistema de descontaminação, que é central à estratégia de limpeza radioativa, fosse fechado, anunciou o dono da Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco).

De acordo com a Tepco, o Sistema Avançado de Processamento de Líquidos (Alps) – que tem o propósito de descontaminar a água usada para resfriar os reatores – foi desligado depois que trabalhadores encontraram vazamentos, segundo a Al Jazeera America.

No momento do desligamento, o sistema de limpeza tinha acabado de ser reiniciado depois de ter ficado inativo quase uma semana em virtude de uma falha, segundo relatórios do Jiji News. Só um dos exemplos da criticadíssima operação de limpeza, o sistema trabalha inconsistentemente desde o início das operações, há um ano, relata a AFP.
O desligamento mais recente é uma tragédia para as estratégias da Tepco, que considera a Alps “uma instalação chave para lidar com a água contaminada na planta do reator,” de acordo com Jiji News.

O incidente acontece simultaneamente à contínua produção de enormes volumes de água radioativa, com 436,000 metros cúbicos de água contaminada sendo estocadas em aproximadamente 1,200 tanques – quantia essa que crescre constantemente, de acordo com a AFP.
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Tradução de Isabela Palhares

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