Brasil no auge do investimento nuclear com US$ 6.5 bilhões

Publicado em 19 de novembro de 2012 na Bussiness News Americas.

Os investimentos em projetos de energia nuclear no Brasil superarão US$ 6.5 bilhões no final da década, disse a BNamericas a Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN).

O presidente da ABEN, Edson Kuramoto, disse que a indústria tem mostrado uma plena recuperação depois da publicidade negativa resultante do desastre de Fukushima, no Japão, registrado no ano passado.

O Brasil terá pelo menos quatro instalações de geração nuclear até 2030. Um dos projetos em andamento é o de Angra 3 plantas no estado do Rio de Janeiro, com a qual a capacidade nuclear instalada no país passará de 1,99 GW para 3,40 GW em 2016.

"A área nuclear no Brasil é vasta, abrangendo geração de energia elétrica, produção de radiofármacos e radioisótopos, além de todo o ciclo de combustível", diz Kuramoto.

"Há também investimentos em instalações de enriquecimento de urânio, gaseificação e produção de minerais de urânio."

"O projeto do submarino nuclear está em pleno andamento, com a construção do laboratório de teste do reator que será usado no submarino."

Kuramoto disse que a indústria teve forte recuperação após o terremoto de 9,0 graus de magnitude 9,0 na costa leste do Japão, que causou o colapso dos reatores de Fukushima.

Embora o incidente fizesse com que a Alemanha, Suíça e Itália abandonassem as suas iniciativas de energia nuclear, o Brasil não tem essa idéia.

"O acidente teve conseqüências, mas em muito menor medida do que o esperado por analistas," Kuramoto disse.

"Passaram mais de 20 meses e muitos países anunciaram a construção de novas usinas, enquanto outros decidiram iniciar programas nucleares."

"O choque desapareceu e o nível de crescimento anterior a Fukushima está retornando. Se não fosse a crise econômica mundial, o crescimento da indústria seria ainda mais acentuada agora do que antes do acidente."

Segundo Kuramoto, a expansão da energia nuclear vai representar um reforço fundamental para a matriz energética brasileira.

"Devido ao esgotamento do potencial hidrelétrico que o país experimentará a partir de 2030, a participação das centrais hidrelétricas em grande escala vai aumentar, bem como novas oportunidades para as centrais nucleares", disse ele.

“A energia eólica depende de uma fonte intermitente e, portanto, não fornece maior segurança para o sistema elétrico nacional. Mas são complementares e serão usados.”

"Do mesmo modo se aproveitaram outras fontes renováveis ​​ de maneira inteligente, o que garantirá a confiabilidade da rede."

Esta entrada foi publicada em No Brasil. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *


*