Crianças japonesas apresentam nódulos na tireoide após acidente nuclear de Fukushima

Publicado em 27 de agosto de 2012 no R7.

Japão ampliará testes de tireoide entre crianças para comprovar radiação

Cerca de 38 mil crianças japonesas já realizaram testes para identificar nódulos na tireoide desde março de 2011, quando um terremoto seguido de tsunami devastou o nordeste do país, afetando a usina atômica de Fukushima e dando início ao maior desastre nuclear no Japão. Desse total, mais de 13,6 mil crianças (36%) apresentaram nódulos na tireoide, embora ninguém tenha sido diagnosticado com câncer. A informação foi revelada nesta segunda-feira (27) pela emissora NHK.

Segundo a emissora, por causa desses resultados, o Japão ampliará os testes de tireoide no nordeste do país para analisar os efeitos da radiação, após detectar os nódulos nas glândulas dos pequenos.

Na Província de Fukushima, na qual se encontra a usina nuclear de Daiichi, danificada gravemente pelo tsunami, foram realizados desde o início da tragédia nuclear testes em cerca de 38 mil menores de 18 anos.

Segundo a NHK, 36% das crianças em quem foram feitos os testes apresentava nódulos na tireoide, embora em nenhum deles foi diagnosticado câncer.

O governo de Fukushima considera que não é necessário tomar medidas adicionais aos exames, apesar de os pais terem manifestado sua preocupação, já que os nódulos na glândula podem ser encontrados em crianças saudáveis.

Os especialistas advertiram que o iodo radioativo liberado pela central de Fukushima Daiichi após o acidente pode se acumular nas glândulas tireoides das crianças e aumentar seu risco de sofrer este tipo de câncer, como ocorreu após o desastre nuclear de Tchernobyl (Ucrânia) em 1986.

Os novos testes serão feitos até o final de março de 2013 com cerca de 4.500 crianças menores de 18 anos em três províncias anexas a Fukushima para comparar os resultados com os recolhidos na província.

O governo espera que com os exames seja possível não só aliviar a preocupação dos cidadãos, mas detectar possíveis efeitos nas crianças da radiação nuclear liberada pela unidade.

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