Do Ciclo Vivo
Na última terça-feira (19), a empresa Apex e o grupo chinês BYD assinaram um acordo de investimentos para a instalação da primeira fábrica de painéis solares fotovoltaicos no Brasil. Serão investidos R$ 150 milhões.
Com a meta de produzir 400 MW de painéis solares por ano, o acordo foi firmado no Palácio do Planalto com a presença do primeiro-ministro chinês, Li Keqiang. A ponte de negociações entre os Brasil e China foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro.
“Traremos uma tecnologia de ponta, chamada de double glass, que significará painéis solares fotovoltaicos com maior eficiência e durabilidade em relação aos painéis convencionais. Com isso, a geração limpa e descentralizada será cada vez mais competitiva no Brasil”, afirma o diretor de relações governamentais da BYD Brasil, Adalberto Maluf.
As negociações no mercado brasileiro tiveram início em 2011. “É comum uma empresa levar até três anos para aplicar o recurso. É uma decisão que envolve cifras vultosas. Neste caso específico, muito além do dinheiro, o investimento representa um avanço tecnológico para o Brasil, inaugurando uma nova frente de produção energética”, afirma David Barioni, presidente da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Além da fábrica, será instalado também um centro de pesquisa e desenvolvimento com foco em estudos e tecnologias para veículos elétricos, baterias, smart grid, energia solar e iluminação.
Os dois grandes empreendimentos serão construídos em Campinas, interior de São Paulo. Lugar onde o mesmo grupo chinês investiu R$ 100 milhões, em 2014, na instalação de uma fábrica de ônibus elétricos.
“Creio que o nosso compromisso com a tecnologia e a inovação em tudo o que fazemos, trará aos brasileiros uma alternativa em energia renovável para enfrentar os desafios futuros, e viver uma vida mais saudável e mais gratificante”, afirma a vice-presidente sênior da BYD, Stella Li. O Grupo BYD pretende investir um bilhão de reais no Brasil até 2017.