Publicado em 25 de janeiro de 2013 no Estadão.
O órgão regulador japonês planeja definir uma falha ativa como qualquer movimento ocorrido nos últimos 400 mil anos, em vez do limite de 120 mil a 130 mil anos
SÃO PAULO – A maior usina nuclear do mundo, localizada no Japão, deve ser obrigada a encerrar as operações devido a regras mais rígidas propostas pelo órgão regulador do país para evitar eventuais danos provocados por terremotos.
A usina Kashiwazaki-Kariwa, operada pela Tokyo Eletric Power (Tepco), pode ser fechada se a Autoridade de Regulação Nuclear (ARN) expandir a definição de falha ativa. O órgão regulador japonês planeja definir uma falha ativa como qualquer movimento ocorrido nos últimos 400 mil anos, em vez do limite de 120 mil a 130 mil anos, disse um funcionário da ARN.
"As novas diretrizes serão colocadas em vigor em julho, e depois será reavaliada a segurança de cada uma das usinas nucleares do Japão", disse o funcionário. Até lá, nenhuma decisão será tomada, acrescentou.
Porém, essa alteração pode representar o fim da usina da Tepco. O movimento de uma falha – uma fenda na crosta terrestre – pode gerar terremotos intensos, como o que provocou um tsunami na usina de Daiichi, em Fukushima, em março de 2011, desencadeando a pior crise atômica no Japão.
As informações são da Dow Jones.