Texto enviado ao site por Oscar em 6 de abril de 2012.

O desastre semelhante de Chernobyl na Rússia lembra o gosto azedo e metálico dos raios invisíveis e iodo radioativo que poderiam ter eliminado metade de Europa. Se imaginam o que demo raria para os operários brasileiros (que demoram uma eternidade para concertar ruas) tentar impedir um acidente destes numa usina? 2500 mineiros morreram,  mas não aparecem nas estatísticas russas. Meio milhão de soldados (que tinham entre 20 e 30 anos) contaminados para salvar Rússia e Europa de um desastre ainda maior! Desses, 20 mil morreram como consequência da radiação e 200 mil estão oficialmente incapacitados,  e nem chegaram aos 50 anos. Ate os tratores- robôs estragavam por causa da radiação, os mesmos tiverem que ser substituídos por soldados reservistas vestindo CHUMBO (como os coletes quando tiramos raios X no dentista), uniformes de 30 quilos de peso. Foram chamados de bio-robôs que deviam estar expostos à radiação durante 45 segundos cada vez e em grupos. Quem esteve lá ainda sente o gosto de chumb o na boca.
 
O trabalho na radiação era tão elevado que 60 pessoas faziam o trabalho que normalmente uma pessoa faria. Parecia-lhes que “tudo nosso sangue tinha sido sugado por vampiros”, gente sangrando pelo nariz, queimaduras horríveis. Gastaram 18 bilhões de rublos (equivalentes na época a 18 bilhões de dólares) para fazer aquele sarcófago gigantesco para cobrir a usina nuclear. Ainda há plutônio na usina para contaminar 100 milhões de pessoas e aquele sarcófago protetor está deteriorado. Ate hoje, um quarto de século depois continua sendo uma cidade fantasma. Nem se preocuparam com 150.000 refugiados.
 
Umas 40.000 pessoas iriam desenvolver câncer (especialmente da tiroide) só por causa do acidente nos próximos anos segundo o relatório feito a portas fechadas. Mesmo hoje as partículas radioativas ou radio nuclídeos CONTINUAM A ENVENENAR O SOLO inabitável de Chernobyl e afundando-se 20 cm sob o solo. Atualmente 8 mi lhões de pessoas vivem em áreas contaminadas na Ucrânia, Rússia e na Belorússia. Milhares de abortos e centenas de crianças deformadas pelas mutações.

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