Publicado em 1 de janeiro de 2013 na Folha de São Paulo.
As agências reguladoras japonesas detectaram falhas nos sistemas de combate aos incêndios em mais de dez dos 50 reatores nucleares paralisados no país após o terremoto seguido de tsunami de março de 2011, o que pode adiar a retomada das centrais em vários anos.
Após quase dois anos do acidente na central de Fukushima (a 220 km ao nordeste de Tóquio), 48 dos 50 reatores do país estão desativados.
Os reatores estavam equipados com cabos inflamáveis ou instalações muito próximas umas das outras, o que poderia intensificar a gravidade de um incêndio, segundo o jornal Mainichi, que cita fontes do ministério da Indústria e da Autoridade Reguladora Nuclear (NRA).
O ministério está investigando os problemas e a NRA ouvirá as empresas que administram os reatores.
Em alguns reatores, as obras de reparo necessárias podem adiar em vários anos a retomada da atividade, de acordo com o jornal.
Se a reforma for muito cara, os reatores afetados podem ser desmantelados.