Movimento pela energia verde começou dentro de casa

Publicado em 13 de julho de 2011  no Nosso Mundo.

Ursula, o marido Michael e um pequeno grupo de pais que pensavam do mesmo jeito formaram a Parents for a Nuclear Free Future.
O governo, sua igreja e as empresas de energia não estavam dispostos a discutir a energia nuclear. Então Ursula, seu marido Michael, um clínico geral, e um pequeno grupo de pais que pensavam do mesmo jeito formaram a Parents for a Nuclear Free Future (Pais por um Futuro Livre de Energia Nuclear, em tradução livre) para pesquisar a indústria energética na Alemanha e ver se poderiam limitar a dependência de sua comunidade à energia nuclear.
Sua abordagem foi em pequena escala, doméstica. Primeiro, pesquisaram como a energia era produzida e, então, observaram como economizá-la.
— Começamos em nossas casas, então sabíamos do que estávamos falando. Tentamos motivar a cidade inteira a poupar energia ao promover campanhas e competições — conta Ursula.
Seu grupo não apenas educou as pessoas, também começou a reativar pequenas centrais hidrelétricas na Floresta Negra que estavam em mau estado e pediram à companhia energética regional (KWR) para aumentar as fontes renováveis e recompensar a eficiência energética. A empresa, porém, não estava interessada:
— Pensamos que estávamos pedindo algo sensato, e nos trataram como crianças. Então decidimos que o único jeito de mudar era nós mesmos adquirirmos a rede. Foi uma ideia louca porque nenhum de nós sabia como dirigir uma companhia de eletricidade.
Ativistas verdes da Grã-Bretanha costumam apontar a Alemanha como vitrina para fontes de energia renováveis — como se um governo esclarecido fosse responsável por isso. A história de Ursula, entretanto, sugere que a mudança ocorreu realmente nas bases, com famílias e comunidades trabalhando juntas.
Quando a licença da KWR para operar a rede de energia estava para ser renovada, em 1991, Ursula e seu grupo criaram a Schönau Power Supply (EWS), uma cooperativa dirigida por cidadãos, e lançaram campanhas locais para convencer a Câmara Municipal e a população a deixá-los gerenciar a rede e comandar campanhas em nível nacional para arrecadar fundos.

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